Começa a segunda peregrinação a Meca em tempos de pandemia
Centenas de peregrinos compareceram neste sábado (17) à Grande Mesquita de Meca (oeste da Arábia Saudita) para participar da grande peregrinação anual dos muçulmanos, a segunda após o surgimento da pandemia do coronavírus, que obrigou a medidas sanitárias e de capacidade rígidas.

Neste ano, poderão participar apenas 60 mil residentes da Arábia Saudita, nacionais e estrangeiros, que foram escolhidos por sorteio. Um número acima de 10 mil no ano passado, mas muito menor do que em tempos normais.
A Arábia Saudita está tentando repetir o sucesso do ano passado, em que não houve surtos de Covid-19 durante o ritual de cinco dias, apesar de despertar ressentimento entre os muçulmanos fora do país.
Na manhã deste sábado, centenas de fiéis divididos em pequenos grupos começaram a girar em torno da Kaaba.
Essa peregrinação, conhecida como “tawaf” em árabe, é essencial para completar a peregrinação a Meca e marca o início das festividades. Os ritos religiosos começarão no domingo.
O canal de notícias Al Ekhbariya mostrou imagens de trabalhadores desinfetando a área da Grande Mesquita ao redor da Kaaba, o ponto focal do Islã, em antecipação aos rituais.
Semanas atrás, o ministério responsável pelo partido disse que adotaria “os mais altos níveis de precauções sanitárias” em face das novas variantes da Covid-19.
Os escolhidos entre mais de 558 mil candidatos devem estar totalmente vacinados contra a Covid, ter entre 18 e 65 anos e não ter doenças crônicas, segundo o ministério responsável pela festa.
Os peregrinos serão divididos em grupos de 20 “para limitar qualquer exposição a esse grupo e evitar que a infecção se espalhe”, disse o subsecretário do ministério responsável pelo haxixe, Mohamed al Bijawi, à imprensa oficial.
A Arábia Saudita detectou mais de 507 mil infecções por coronavírus e mais de 8.000 mortes, entre uma população de 34 milhões de pessoas.
O Hajj foi celebrado no ano passado em sua menor versão da história moderna, com cerca de 10 mil participantes.
Nenhuma infecção foi registrada e as autoridades instalaram clínicas móveis e ambulâncias para cuidar dos peregrinos, que eram levados para locais religiosos em pequenos grupos.
Fonte:rfi.fr